Sumário
- O que é blefarite?
- Tipos de blefarite
- O que causa a blefarite?
- Sintomas mais comuns da blefarite
- Como é feito o diagnóstico da blefarite?
- Tratamento para blefarite
- Passo a passo para a limpeza das pálpebras:
- Outros tratamentos recomendados:
- A blefarite tem cura?
- Como prevenir a blefarite
- Quando procurar um oftalmologista?
- Conclusão
- Disclaimer:
Sentir os olhos inchados, com coceira e aquela sensação de que estão grudando ao acordar pode ser um sinal claro de que algo não vai bem. Esses desconfortos podem indicar a presença de blefarite, uma inflamação comum nas pálpebras que afeta milhares de brasileiros todos os anos. Embora a condição seja incômoda, ela geralmente não é contagiosa e pode ser controlada com os cuidados certos.
Neste artigo, você vai entender o que é a blefarite, suas principais causas, sintomas, tipos, tratamentos recomendados e formas simples de prevenção.
O que é blefarite?
A blefarite é uma inflamação que afeta as bordas das pálpebras, região onde nascem os cílios. Essa inflamação pode causar sintomas bastante incômodos e, em casos mais persistentes, pode desencadear outras condições como o terçol ou agravar quadros de olho seco.
Essa inflamação pode ocorrer em duas áreas distintas das pálpebras:
-
Blefarite anterior: ocorre na parte externa das pálpebras, próximo à base dos cílios.
-
Blefarite posterior: afeta a parte interna das pálpebras, especialmente as glândulas responsáveis pela produção de gordura (glândulas de Meibômio).
Tipos de blefarite
É possível classificar a blefarite em três formas principais:
-
Blefarite anterior: mais visível e geralmente associada a bactérias (como estafilococos) ou condições de pele como dermatite seborreica.
-
Blefarite posterior: está relacionada a alterações nas glândulas de Meibômio, comuns em pessoas com rosácea ou disfunção da produção de óleo nos olhos.
-
Blefarite mista: combinação dos dois tipos anteriores, com inflamação simultânea da parte interna e externa das pálpebras.
O que causa a blefarite?
Diversos fatores podem levar ao desenvolvimento da blefarite. Em alguns casos, é difícil identificar uma única causa, mas entre as mais comuns estão:
-
Acúmulo de oleosidade nas pálpebras
-
Infecções bacterianas
-
Dermatite seborreica ou caspa no couro cabeludo e sobrancelhas
-
Reações alérgicas a maquiagem ou produtos cosméticos
-
Presença de ácaros ou piolhos nos cílios
-
Rosácea ocular
-
Síndrome do olho seco
-
Disfunção das glândulas de Meibômio
Sintomas mais comuns da blefarite
Os sintomas podem variar de leves a mais severos, e normalmente se intensificam ao acordar, já que os olhos permanecem fechados durante muitas horas. Entre os sintomas mais relatados estão:
-
Coceira nas pálpebras
-
Inchaço e vermelhidão
-
Ardência ou sensação de areia nos olhos
-
Oleosidade nas pálpebras
-
Crostas nos cílios
-
Sensibilidade à luz (fotofobia)
-
Vermelhidão ocular
-
Sensação de corpo estranho
-
Queda dos cílios ou crescimento irregular
Nos casos mais graves, pode haver alterações na visão, inflamação da córnea e desconforto ao usar lentes de contato.
Como é feito o diagnóstico da blefarite?
O diagnóstico geralmente é realizado por um oftalmologista durante uma avaliação clínica, utilizando equipamentos que ampliam a região ocular. Em situações mais específicas, pode ser necessário coletar uma amostra da secreção ou das crostas da pálpebra para análise laboratorial e identificação de bactérias ou fungos.
Tratamento para blefarite
A base do tratamento da blefarite é a higiene regular das pálpebras. Manter a região limpa ajuda a controlar os sintomas e a evitar crises recorrentes. Veja como fazer:
Passo a passo para a limpeza das pálpebras:
-
Lave bem as mãos com água e sabão.
-
Misture água morna com um pouco de shampoo infantil neutro.
-
Umedeça uma gaze, pano limpo ou cotonete nessa solução.
-
Aplique sobre os olhos fechados por alguns minutos.
-
Esfregue suavemente a borda da pálpebra, removendo crostas e secreções.
-
Lave com água limpa e seque delicadamente.
Outros tratamentos recomendados:
-
Colírios lubrificantes (lágrimas artificiais): aliviam o ressecamento ocular.
-
Pomadas ou colírios antibióticos: usados em casos de infecção bacteriana.
-
Anti-inflamatórios tópicos ou sistêmicos: ajudam a reduzir o inchaço e a irritação.
-
Imunomoduladores: como ciclosporina oftálmica, indicados em casos persistentes ou de blefarite posterior.
-
Tratamento de condições associadas: como rosácea ou dermatite, que podem agravar a blefarite.
Em casos graves, o médico pode recomendar antibióticos orais ou tratamentos complementares.
A blefarite tem cura?
A blefarite pode ser controlada, mas em grande parte dos casos ela é crônica, ou seja, pode retornar periodicamente. Manter uma rotina diária de limpeza e seguir as orientações médicas é essencial para manter a condição sob controle.
Como prevenir a blefarite
Embora nem sempre seja possível evitar completamente a blefarite, algumas ações podem ajudar a prevenir o surgimento ou agravamento da inflamação:
-
Mantenha os olhos e o rosto sempre limpos.
-
Remova totalmente a maquiagem dos olhos antes de dormir.
-
Evite usar cosméticos vencidos ou compartilhados.
-
Substitua regularmente delineadores, rímel e sombras.
-
Evite coçar os olhos com as mãos sujas.
-
Use óculos no lugar de lentes de contato durante episódios de irritação.
-
Trate adequadamente doenças de pele, como caspa ou rosácea.
Quando procurar um oftalmologista?
É importante agendar uma consulta oftalmológica sempre que surgirem sintomas persistentes como coceira, vermelhidão, inchaço ou secreção nas pálpebras. O diagnóstico precoce evita complicações e garante um tratamento mais eficaz.
Conclusão
A blefarite é uma condição comum, mas que pode afetar diretamente o conforto e a qualidade de vida de quem sofre com ela. Embora não seja contagiosa, exige atenção, cuidado diário e, em muitos casos, acompanhamento oftalmológico contínuo.
Ao perceber qualquer sinal ou sintoma, não hesite em buscar ajuda médica. Com o tratamento adequado e bons hábitos de higiene ocular, é possível manter a blefarite sob controle e preservar a saúde dos seus olhos.
Disclaimer:
Este artigo tem caráter meramente informativo e não substitui a avaliação de um médico oftalmologista. Em caso de sintomas persistentes ou agravamento do quadro, procure atendimento especializado o quanto antes.