Sumário
- Como o Código Civil disciplina a responsabilidade do possuidor de boa-fé e de má-fé em relação a perda e a deterioração da coisa?
- Quais são as três funções da boa-fé?
- Como a doutrina ramifica a boa-fé?
- Quais são as figuras parcelares da boa-fé objetiva?
- Quando se perde a posse de boa-fé?
- O que diz o artigo 422 do Código Civil?
- Qual é o artigo de má-fé?
- O que é a boa-fé objetiva no processo civil?
- Onde está o princípio da boa-fé?
- Quais os tipos de boa-fé?
- O que é o terceiro de boa-fé?
- Quem é o possuidor de boa-fé?
- Qual é a origem da boa-fé objetiva?
- O que é Suppressio Surrectio e tu quoque?
- Pode haver posse injusta de boa-fé?
- Quais os direitos do possuidor de boa-fé?
- O que significa uma posse injusta e de má-fé?
- O que diz o artigo 339 do Código Civil?
- O que diz o artigo 394 do Código Civil?
Se o possuidor ignora a existência do vício na aquisição da posse, então temos a posse de boa- -fé. Por outro lado, se o vício é de seu conhecimento, então a posse é de má-fé.
Como o Código Civil disciplina a responsabilidade do possuidor de boa-fé e de má-fé em relação a perda e a deterioração da coisa?
O possuidor de boa–fé não responde pela perda ou deterioração da coisa, a que não der causa. O possuidor de má–fé responde pela perda, ou deterioração da coisa, ainda que acidentais, salvo se provar que de igual modo se teriam dado, estando ela na posse do reivindicante.
Quais são as três funções da boa-fé?
A boa-fé objetiva é uma regra de comportamento ético-jurídica e incide nas relações contratuais. Ela tem, basicamente, três funções: 1) função integrativa do negócio jurídico (art. 422 do CC); 2) função de controle dos limites do exercício do direito (art. 187 do CC); e 3) função interpretativa (art.
Como a doutrina ramifica a boa-fé?
A boa-fé objetiva é um princípio basilar do direito do consumidor, segundo o qual as partes possuem o dever de agir com base em valores éticos e morais da sociedade. Desse comportamento, decorrem outros deveres anexos, como lealdade, transparência e colaboração, a serem observados em todas as fases do contrato.
Quais são as figuras parcelares da boa-fé objetiva?
Conforme destaca a doutrina, temos quatro figuras parcelares da boa-fé objetiva: venire contra factum proprium, supressio e surrectio, tu quoque e duty to mitigate the loss. Todas elas servem para direcionar a conduta no sentido de se evitar a abusividade no exercício do direito.
Quando se perde a posse de boa-fé?
A posse de boa-fé só perde este caráter no caso e desde o momento em que as circunstâncias façam presumir que o possuidor não ignora que possui indevidamente. Salvo prova em contrário, entende-se manter a posse o mesmo caráter com que foi adquirida.
O que diz o artigo 422 do Código Civil?
422 do Código Civil: Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.
Qual é o artigo de má-fé?
Art. 79. Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé como autor, réu ou interveniente.
O que é a boa-fé objetiva no processo civil?
A boa-fé objetiva é uma norma de conduta: impõe e proíbe condutas, além de criar situações jurídicas ativas e passivas. Não existe princípio da boa-fé subjetiva.
Onde está o princípio da boa-fé?
Boa-fé objetiva
No diploma civil vigente, 2, a boa-fé como princípio está consolidada no artigo 422, seção I do capítulo “Disposições Gerais”, do Título V “Dos Contratos em Geral”. Ou seja, passa a valer para todo e qualquer tipo de contrato.
Quais os tipos de boa-fé?
A boa-fé apresenta-se sob duas modalidades: subjetiva e objetiva. A boa-fé subjetiva diz respeito à ignorância do sujeito acerca da existência do direito do outro ou, então, à convicção justificada de ter um comportamento conforme o direito.
O que é o terceiro de boa-fé?
Pessoa alheia à infração penal, proprietária de instrumentos utilizados na execução, ou que, sem malícia, adquire, recebe ou oculta produto de crime.
Quem é o possuidor de boa-fé?
Dito diversamente, possuidor de boa-fé é aquele que “está na convicção que a coisa possuída de direito lhe pertence. Ao contrário, de má-fé diz-se o possuidor que sabe não lhe assistir direito para possuir a coisa”. O indivíduo que adquire um bem de quem imagina ser o proprietário age de boa-fé.
Qual é a origem da boa-fé objetiva?
I – Boa-fé objetiva
As raízes da aplicação do conceito de boa-fé remontam ao período romano, sendo, à época, caracterizado pelas expressões fides e bona fides. Para os romanos, a fides representava a expressão de um comportamento pautado no respeito à palavra dada, uma forma de demonstrar confiança[1].
O que é Suppressio Surrectio e tu quoque?
A diferença evidente, portanto, entre o tu quoque e suppressio e surrectio é que, no primeiro, existe objetivamente a violação a uma norma ou mesmo a uma disposição do contrato por uma das partes que, posteriormente, busca se beneficiar da própria torpeza, enquanto nos segundos a conduta não é, em si mesma, ilícita, …
Pode haver posse injusta de boa-fé?
Um possuidor de boa-fé pode ter posse injusta. (…) Também é perfeitamente possível que alguém possua de má-fé, sem que tenha obtido a posse de forma violenta, clandestina ou precária” (VENOSA, 2011, p. 74).
Quais os direitos do possuidor de boa-fé?
Segundo a ministra, o possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis que fez e de retenção do bem principal, não sendo obrigado a devolvê-lo até que seu crédito, referente a tais benfeitorias, seja satisfeito (artigo 1.219 do Código Civil).
O que significa uma posse injusta e de má-fé?
Ao contrário do citado anteriormente, define-se Posse Injusta como aquela que apresenta significativamente os vícios possessórios, violência, clandestinidade e precariedade. Posse de Boa-fé e Posse de Má-fé: Posse de boa-fé: o possuidor desconsidera a existência dos vícios possessórios ou obstáculos à aquisição do bem.
O que diz o artigo 339 do Código Civil?
É lícita a acção daquele que destruir ou danificar coisa alheia com o fim de remover o perigo actual de um dano manifestamente superior, quer do agente, quer de terceiro.
O que diz o artigo 394 do Código Civil?
Art. 394. Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer.